domingo, 12 de outubro de 2014

Dialética marxista

Dialética marxista - 35 respostas.
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a a - 20/05/2009
Dialética marxista
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As origens da dialética.

A dialética surgiu na Grécia Clássica com Sócrates.
Sócrates usava a dialética como técnica de debate – diálogo.
Era a técnica de perguntar, responder e refutar o outro debatedor, acuar o adversário.
Platão considerava que através do diálogo pode-se procurar chegar ao verdadeiro conhecimento, partindo do mundo sensível e chegar ao mundo das idéias.
Pela investigação racional de uma ideia se chega a uma síntese, e assim sucessivamente em busca da verdade.

Aristóteles nos dá uma definição adequada da dialética ... ele diz: a dialética é uma lógica do provável, é processo racional que não pode ser demonstrado.
"Provável é o que parece aceitável para a maioria, ou aos mais ilustres", disse ele.
Vemos então que para os gregos a dialética era um processo racional "provável".


Kant superou Aristóteles e definiu exatamente a dialética !
Para Kant a dialética é a "lógica da aparência".
“A dialética é uma ilusão, pois baseia-se em princípios que, na verdade, são subjetivos.”


Exato !
A dialética é subjetiva.
Para uma mesma tese e antítese, pensadores diferentes chegam a sínteses diferente... cada qual com a sua concepção !

Podemos dar um exemplo:
Para a tese – nacionalismo.
Colocamos a antítese – globalização.
A qual síntese chegarão 10 pensadores diferentes ?
- Cada um chegará a sua síntese.
Devido a isso a dialética é apenas ilusão, algo “provável”, e jamais será ciência, pois a sua conclusão não se sujeita ao rigor da prova empírica.

E o marxismo é a maior prova dessa ilusão – quando o resultado da dialética materialista de Marx foi colocada em prática, jamais chegou ao o que a teoria previa !

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a a - 20/05/2009
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A dialética de Hegel e Marx.

A dialética de Hegel está relacionada indistintamente com uma filosofia da história e a dialética de Marx com uma teoria da praxis na história.

Marx mudou a dialética idealista de Hegel para uma dialética materialista de Feuerbach.
O processo é semelhante em ambos,
existe uma tese (determinada situação histórica) ao que se contrapõe uma antítese, que gera uma síntese diversa das partes que a originaram.
Obs. Nunca vi um exemplo real, da aplicação disso.

A diferença entre Hegel e Marx é que a dialética de Hegel o leva até o Espírito, mediante um processo em que o Espírito ganha consciência de si.
Para Hegel a “ideia” gerou a “coisa”.
Para Marx não é a consciência que transforma as relações materiais, mas o contrário, é através dos processos materiais que a consciência é formada.
Para Marx a “coisa” gerou a “ideia”.

Em Hegel a “idéia” entra em contradição com as relações materiais e muda o desenvolvimento da história, em Marx as relações de produção entram em contradição com as “idéias” e originam algo novo na super-estrutura social.

Porém, existe uma diferença muito maior entre Hegel e Marx....

A filosofia de Hegel é realmente uma filosofia !
Hegel fez um estudo completo desde o início até chegar ao final, Hegel parte do “Nada” e do “Ser” e vai caminhando dialeticamente até chegar ao Espírito.
Hegel gastou décadas de estudo para chegar a suas conclusões.

Marx não, Marx apenas usou a conclusão final de Hegel, sem estudo nenhum, disse que ela estava “de ponta cabeça”, e trocou pela "sua concepção" (de Feuerbach), mas, não existe em Marx um processo dialético para ele chegar a essa conclusão !
Marx não provou dialeticamente por que a dialética de Hegel está invertida !
Marx apenas “decretou” isso !
Marx não fundamentou – dialeticamente - a sua tese e antítese.
– Marx chegou até elas pelo “achômetro”...


cont...

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a a - 20/05/2009
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Eric Voegelin tem uma definição perfeita para essa situação !
Diz ele:
“O ponto de partida para o movimento do pensamento de Marx parece ser a posição gnóstica herdada de Hegel.”


Os atributos que Marx usa não são coisas surgidas no início da humanidade, são coisas recentes, “relações de produção” e “forças produtivas” não existiam em épocas históricas passadas !

A “ideia”, a “natureza” de Hegel sempre existiram desde o início, ao passo que o que Marx coloca não existiu desde o início, são coisas que surgiram com o progresso industrial.
Portanto, a dialética de Marx, não tem passado !
Surge do nada !
Surge da cabeça de Marx.
Na verdade ela surge de Hegel ... mas, se Marx diz que Hegel estaca “invertido” ... ele não poderia pegar a conclusão de Hegel e “desinverte-la”, afinal, todo o processo anterior estaria errado, pois chegou a uma conclusão errada, segundo Marx.
Marx teria que “desinverter” – todo o processo – e não apenas a conclusão final.
E mais, Marx não usou a dialética para com ela provar que Hegel estava “invertido” !
Marx simplesmente deu a sua – opinião – sem base científica alguma, foi simples “achômetro”.
Não existe nos “manuscritos de Paris” nenhuma analise dialética direta de nada... todo o texto é um desenrolar – da opinião – de Marx, e não uma dedução técnica dialética.

Na verdade, como sempre, Marx age de má fé.
A filosofia de Hegel não está invertida, ela é exatamente da forma que Hegel a fez depois de décadas de estudo.
Existe fundamentação na conclusão de Hegel !
Da “ideia” surge a “natureza”, e nela progride o “espirito” (a história).

Hegel está se arriscando a dizer que a história é Deus em formação !
Eu acredito que aconteceu o seguinte com Marx em relação a filosofia de Hegel:
- Marx não entendeu a profundidade da conclusão de Hegel !
Marx não entendeu que Hegel estava querendo chegar a uma “definição” de Deus (Espirito) !
E chegou – o Idealismo.

cont...

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a a - 20/05/2009
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Deus é o desenrolar da história, e nela que Deus vai se formando para Hegel.
Se isso é algo valido e real, ou é apenas mais uma ilusão, é uma outra história, mas, a conclusão é fundamentada.

Ao passo que a conclusão de Marx não é fundamentada e é sem sentido lógico, uma vez que supor que uma “ação material” é que da origem a uma “ideia social” é o mesmo que dizer que um pedreiro primeiro faz a casa para depois que a casa esteja pronta o engenheiro faça o projeto da casa.

E para comprovar a trapaça marxista, no final de sua vida, Marx disse em resposta a pergunta de como seria a sociedade comunista (?), "que isso seria uma tarefa para a ciência resolver" !
Mas, como seria isso possível se a ciência faz parte da estrutura social ?
Se a ciência seria a que iria resolver então teríamos a própria estreitura social originando estrutura social !
Onde está o materialismo dialético ?
Por que o materialismo dialético de Marx não resolveu como seria a sociedade socialista em fez de passar o abacaxi para a ciência ?
Porque materialismo dialético é uma fralde.
Marx jamais soube quais seriam os acontecimentos após a tomada do poder pela ditadura do proletariado.

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a a - 14/08/2009
Ideologia da dialética
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A dialética foi incentivada pelos marxistas durante o século XX nas universidades de todo mundo e suas teses influenciaram legislação e os costumes sociais.

A Dialética marxista prega:

"Homem é produto do ambiente!"
"Todo homem nasce sem qualquer aptidão, ele pode desenvolver a aptidão que quer!"
"Todo homem nasce bom e a sociedade o corrompe !" (Rosseau)
"Homem precisa vinte e três anos para formar caráter, e até lá ele não é imputável!"


A Metafísica prega:

"Todo homem nasce com suas virtudes, vícios e aptidões!" – DNA.
"Todo homem tem desejo de realizar suas aptidões!"
"O talento não se cria se revela!"
"A víbora já nasce com veneno!"
"A Índole de um homem é inata, mas, ele pode até moldá-la"


Nas últimas décadas a Dialética sofreu serio revés.
A ciência tomou parte da Metafísica.
Mesmo assim muitos marxistas continuam bravamente a defender a Dialética.


Na interpretação dialética temos:

Quatro “vítimas da sociedade” invadem a casa do membro da sociedade [a qual os corrompeu], matam o filho do membro da sociedade corruptora e estupram a esposa e sua filha menor.
Os “meninos infratores” devem ser reeducados e a culpada, a sociedade, punida.

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a a - 16/08/2009
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Shâmtia


Eu aprecio este tipo de argumentação, com exemplos que evidenciam com toda a clareza a ideia !

Vc foi muito feliz na sua conclusão, é exatamente isso que acontece.
Meios, por um artifício qualquer, são transformados em fins pelo marxismo.

O ápice desta trapaça são Adorno em especial e Marcuse por acaso.

Adorno em sua "industria cultural", fonte de todo o ódio atual de marxistas contra a midia, transformou a tecnologia, que é um meio para se atingir um fim, foi transformado por Adorno em "objeto" do capitalismo para dominar a sociedade !

Então, por exemplo a tecnologia da informática, não é um meio para as pessoas conseguirem fazer as coisas de forma mais rápida ... essa texnologia é uma forma de dominação de mentes usada pelo capitalismo !

Adorno, um dos maiores dementes do marxismo, diz da tecnologia: “impede a formação de indivíduos autônomos, independentes, capazes de julgar e de decidir conscientemente”.

Adorno tb diz o seguinte sobre o erotismo que aparece em alguns filmes no cinema (para ele uma ideologia capitalista): “à alusão e à excitação, a advertência precisa de que não se deve, jamais, chegar a esse ponto

Ou seja, para Adorno, o cinema não é um meio de diversão para as pessoas, é uma ferramenta de dominação do capitalismo !


Concordo plenamente com a sua conclusão Shâmtia, que devido a clareza, foi muito esclarecedora.

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a a - 24/08/2010
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alessandro


"Então a dialética marxista não é apenas um instrumento de enrolação e "embromação", mas também uma forma de inverter os valores de existência da sociedade "capialista"."




Exato.
A dialética, a a ferramenta "científica" usada pelo marxismo para justificar seus atos e para atribuir ao "capitalismo" qq coisa que lhes nier a cabeça.

Porém, a dialética não é ciência, pq a dialética é subjetiva, como já foi dito sobre a "obra" de Marx, como ela veio da dialética, ela não pode ser testada cientificamente.

Suponhamos a tese = nacionalismo.
A antítese = globalização.

Qual seria a síntese dialética disso ?

Damos a 3 dialéticos diferentes e incomunicáveis para resolverem...
com certeza cada um deles chegará a uma síntese diferente.


Então, um marxista safado, de posse da sua "ferramenta científica", pode chegar com ela a qq conclusão !

Foi com a dialética que Derrida chegou a sua "obra prima", a desconstrução.

Com ela um marxista chega a conclusão que Os Luziadas é uma obra machista !
E a qq outro absurdo que pintar na safada cabeça dele.

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Leandro ... - 30/08/2010
Uma é idealista e a outra é materialista. O que é o materialismo nào é explicado, e suas diferenças com o idealismo muito menos. Simplesmente se abstraem as gigantescas contradiçòes e chega-se a afirmação: "O processo é semelhante em ambos"

Ao abstrair essas divergências, fundamentais, diga-se de passagem, acha-se uma "tese" determinada, a determinada situaçào histórica, ao que será contraposto uma antítese, nào determinada, apenas uma palavra, para depois chegar a uma síntese também como palavra, vazia de sentido, ou nào explicada. E se coloca uma observação "Obs. Nunca vi um exemplo real, da aplicação disso", ora bolas, talvez seja porque o autor nào entendeu, talvez por abstrair que existam gigantescas diferenças entre A dialética kanteana com a hegeliana. Talvez, achando a "antítese" possa se entender melhor o que sào essas dialéticas. Ora, se nào se entende essas outras dialéticas, fundamentalmente diferentes da Kanteana, ocultamente, considerada "A" dialética, nào tem como encontrar uma aplicaçào delas certo?

Isso não é qualquer coisa. O sujeito nào compreende que força é igual a massa vezes asceleração (em determinado nível de abstração) e quer provar que Newton está equivocado. Não entende a explicaçào do movimento de queda de um objeto abstrato, e quer refutar a teoria que nào entendeu. Se não se pode fazer entrar em contradiçào o próprio Newton, deve-se defender alguém que discorde de Newton, é uma tática, abstraem-se um monte de contradiçòes para simplesmente mostrar que alguém está errado.

Mas vejamos a coisa mais de perto.

"existe uma tese (determinada situação histórica) ao que se contrapõe uma antítese"
Leandro ... - 30/08/2010
Note que agora a tese é uma determinada situação histórica. Uma SITUAçÃO HISTÓRICA! Não é a idéia de uma determinada situaçào ..., mas a coisa, a situação .... Como se chegou a isso? Cade as polêmicas entre os 10 que acreditam numa situação e os 10 que discordam, isso sumiu. As concepçòes de cada um dos 10 nacionalistas e dos 10 globalitaristas não importa, ela existe para além de suas sínteses ideais, é material.

A gravidade existe quer você a veja sistematizada por Newton, ou não. Existe para uma criança recém nascida, tendo ela, ou não, conhecimento disto. Agora, isso é uma contradição com A dialética Kanteana. E o é porque isso é um suposto materialista, colocado em Hegel, que é idealista, ou seja, uma certa contradição, mas tudo bem. Esses pressupostos esquisitamente atribuidos sao indicaçoes de que o Autor desconhece mais pormenorizadamente essas diferenças. Vamos ver como isso se desenvolve.

A diferença entre Hegel e Marx é que a dialética de Hegel o leva até o Espírito, mediante um processo em que o Espírito ganha consciência de si.

Note-se que esse espírito nao é a consciencia sobjetiva dos indivíduos. Tanto o é que vários autores consideram esse espírito como Deus. Dessa maneira, os indivíduos nao sao simplesmente indivíduos que reflexionam, pensam e se desenvolvem individualmente, pois sao expressao de uma terceira coisa. Essa relaçao é dialética, essa coisa de que se está dicutindo, mas que nao se enxerga na realidade(!?).

Para Hegel a “ideia” gerou a “coisa”.
Para Marx não é a consciência que transforma as relações materiais, mas o contrário, é através dos processos materiais que a consciência é formada.
Para Marx a “coisa” gerou a “ideia”.
 
 Leandro ... - 30/08/2010
Veja bem, a dialética, ou melhor "A" dialética, que como vimos pressupoe o idealismo, apresenta-se mais ou menos agora. Para hegel, seu processo ideal gera a coisa, como coisa determinada. Uma cadeira é uma abstraçao, agora, a cadeira que voce está sentada, se for estudada, vai ser uma cadeira determinada, foi produzida de uma determinada forma, teve processos de circulaçao de determinada forma, usou materiais determinados, todas essas determinaçoes constituem uma totalidade concreta. Para Hegel, ao se descubrir todas essas determinaçoes, ele produziu essa cadeira determinada, para Marx, se descobriu as determinaçoes da cadeira, mas elas já existiam antes, nada foi criado.

Interessante é que nessa discussao de dialética, ela justamente é abstraída para se explicar.

Para Marx não é a consciência que transforma as relações materiais, mas o contrário, é através dos processos materiais que a consciência é formada.

Ao se explicar a dialética de Marx, se explica de uma maneira formal, unilateral, nao-dialética. Ao dizer que numa sociedade em que os humanos mal conseguem se reproduzir, numa sociedade onde se uma pessoa nao trabalha 16hrs/dia todos passam fome, a discussao do direito individual de nao trabalhar simplesmente nao pode existir como algo genérico, nao quer dizer que essas pessoas nao tenham representaçoes e as objetivem na sociedade. Depois de todo um "desenvolvimento" do que é dialética. Da generalizaçao da dialética subjetivista kanteana através de uma forma própria dos gregos (tese, antítese e síntese), para explicar a dialética tem que nega-la e apresentar uma formula. Infelizmente até alguns "marxistas" fazem esses equívocos.
Leandro ... - 30/08/2010
A diferença está no idealismo X materialismo, pra Marx nao tem espirito absoluto que se expressa nas idéias dos indivíduos, mas relaçoes materiais de produçao e forças produtivas materiais que atraves de mediaçoes sao introjetadas nas subjetividades. Como esse processo é alienado os Com Freud da pra explicar issso tudo, só de exemplo.

Porém, existe uma diferença muito maior entre Hegel e Marx.... Até porque essa ultima diferença nao foi explicada. Aposto que porque nao foi entendida.

A filosofia de Hegel é realmente uma filosofia !
Hegel fez um estudo completo desde o início até chegar ao final, Hegel parte do “Nada” e do “Ser” e vai caminhando dialeticamente até chegar ao Espírito.
Hegel gastou décadas de estudo para chegar a suas conclusões.

Bom, a primeira afirmaçao é simplesmente subjetiva, mas é isso mesmo, a questao interessante é a segunda, o Hegel caminha dialeticamente para desenvolver... a Dialética!!!!

Marx não, Marx apenas usou a conclusão final de Hegel, sem estudo nenhum, disse que ela estava “de ponta cabeça”, e trocou pela "sua concepção" (de Feuerbach), mas, não existe em Marx um processo dialético para ele chegar a essa conclusão !

Entao, vários autores colocam Marx na juventude (Marx se formou em filosofia com uma tese sobre Epícuro e Demócrito, pré-socratico, contrariando a idéia do primeiro paragrafo de que a dialética começa com sócrates...) como um Hegeliano de Esquerda (lógico, havia portanto os de direita!). Mas isso só pode ser fruto da maquinaçao de pessoas má intencionadas né? Marx faz a crítica depois baseando-se em Feurbach, negando que se entende a sociedade civil pelo Estado, mas ao contrário, depois critica Feurbach, mas criticando justamente sua falta de dialética, sua lógica mecanica, formal, ou seja, critica Hegel com Feurbach, e critica Feurbach com Hegel.
Leandro ... - 30/08/2010
Finaliza, se nao me engano, os manuscritos economico-filosóficos de 1847 tecendo elogios a Fenomenologia do Espírito de Hegel, e escreve anos depois A Ideologia Alema criticando Feurbach, e alguns hegelianos. Mas isso tudo, nao é acúmulo, ele partiu do nada! Ele inventou tudo! Inclusive a teoria do valor trabalho, ele nao leu Smith, Ricardo, Say, Stwart Mill, Aristóteles, Sócrates, Hegel, Epícuro, Demórcrito, Feurbach, Stirner, Bauer, Russeau, Locke, Prodhon e etc... as sitaçoes destes em suas obras foram buscadas no... google. Sinceramente, acho normal critica-lo. Ele é sim questionável, mas tem que ser razoável nas críticas.... Só pra constar, o prórpio Engels afirma que o maior sistema filosófico já produzido foi o de Hegel, mantendo sua crítica ao idealismo, mas incorporando esse grande ACUMULO filosófico.

Marx nao simplesmente joga a dialética hegeliana pela janela, ele a incorpora negando algumas de suas partes como o espírito absoluto, como as determinaçoes idealistas. Falar que marx simplemente ignora hegel é simplesmente falta de conhecimento. Deem uma olhada nos Grundrisse no Método da Economia Política, nele Marx faz a crítica à Hegel, mas ao mesmo tempo, mostra a "justeza" de seu método dialético.

Marx não provou dialeticamente por que a dialética de Hegel está invertida ! Marx é materialista certo? Essa é a inversao de Hegel, precisamente o idealismo. Grossíssimo modo, é como se marx concordasse com a dialética hegeliana, mas invertesse a determinaçao de um espírito absoluto que se expressa na consciencia dos indivíduos para relaçoes sociais de produçao que se introjetam no superego através da mediaçao da família, ou seja, relaçoes materiais que condicionam, determinam, as formulaçoes de idéias, de representaçoes.
Leandro ... - 30/08/2010
Mas como isso é simplesmente ignorado, desconhecido pelo autor, a afirmaçao que se segue é:

Marx apenas “decretou” isso !
Marx não fundamentou – dialeticamente - a sua tese e antítese.
– Marx chegou até elas pelo “achômetro”...

Claro! E é por isso que ele tem influencia nas Ciencias Sociais, porque tem um monte de idiotas por ai que veneram Marx a priori. Idiotas mau-caráter todos esses marxistas terroristas. As criticas tem que ser morais, a priori... Afinal, nao é uma questao de conhecimento para a realizaçao da crítica, é uma questao de afirmaçao de uma crítica. A crítica a um Newton nao compreendido, e por isso, tem que ser combatido com outras coisas...

Pra ver a tal fundamentaçao dialética, é só ler Marx! Claro que alguém que nunca viu uma antítese, portanto um par de tese e antítese em lugar nenhum nao vai ver a dialética em Marx. Sugestao: n'O Capital, sobre as formas de apresentaçao do valor, o valor de uso como expressao de seu par dialético, o valor...a questao é que marx nao avisa "agora vou usar a dialética", mas ela está em todo o desenvolvimento. Os grundrisse sao repletos dessa dialética, de forma mais explícita. Como "fundamentaçao"... e só ler.


Eric Voegelin tem uma definição perfeita para essa situação !
Diz ele:
“O ponto de partida para o movimento do pensamento de Marx parece ser a posição gnóstica herdada de Hegel.”

Bom, interessante é que a palavra "parece" normalmente é usada para indicar a aparencia de algo, nao necessariamente sua essencia, sua totalidade, mas nao li esse texto de Voeglin (inclusive pode me passar o link?)

Os atributos que Marx usa não são coisas surgidas no início da humanidade, são coisas recentes, “relações de produção” e “forças produtivas” não existiam em épocas históricas passadas !
Leandro ... - 30/08/2010
Mais um desconhecimento, quero o texto e a página onde ele escreve isto! No capítulo 5 d'O Capital Marx escreve sobre o que ele considera como "forças produtivas", de forma genérica, até porque para marx, o trabalho é o fundamento ontológico do ser social, ou seja, as forças produtivas materiais, tem desenvolvimento histórico, isso até um marxista de botequim sabe. Até por lógica simples pode se considerar essa afirmaçao um disparate. Se a unica forma social que Marx fala é a capitalista, porque relaçoes sociais de produçao no plural? Nao perderei tempo com isso, é só ler o Cara, mesmo que achem ele um Monstro e tal... nao precisam le-lo para odiá-lo, mas se querem fazer uma crítica mesmo dele, nao tem outro jeito. A nao ser que esse seja mesmo o caso já citado. Nao se quer aqui fazer uma crítica a Marx pelo conhecimento. O conhecimento nao interessa, é apenas o exercício de juntar críticas mais ou menos lógicas ao monstro a priori. É apenas reafirmaçao de um ódio.

A “ideia”, a “natureza” de Hegel sempre existiram desde o início, ao passo que o que Marx coloca não existiu desde o início, são coisas que surgiram com o progresso industrial.

Engraçado, achava que o Espírito Absoluto que tinha posto o mundo ao se alienar de si mesmo...tem como me indicar essa passagem no hegel, onde a natureza existe antes de tudo?

Como já coloquei, a partir de agora, a coisa nao tem desenvolvimento é só um amontoado de afirmaçoes bizarras. Mais uma vez, quero saber de onde vem a afirmaçao de que a natureza e a capacidade de ideaçoes sao frutos do progresso industrial. Indico o mesmo capitulo 5 d'O Capital para se ter noçao do desparate que esta fazendo.

Portanto, a dialética de Marx, não tem passado !
Surge do nada !
Surge da cabeça de Marx.

Quando achava que ia de mal a pior, uma luz...
Leandro ... - 30/08/2010
Na verdade ela surge de Hegel ... mas, se Marx diz que Hegel estaca “invertido” ... ele não poderia pegar a conclusão de Hegel e “desinverte-la”, afinal, todo o processo anterior estaria errado, pois chegou a uma conclusão errada, segundo Marx.

Mais uma vez, "segundo Marx" onde? Isso que é dialética se está invertido está tudo errado, se está desinvertido está tudo certo? Pra mim isso parece a lógica formal de Aristóteles, nao é nem Kant, muito menos dialética. Quero ver de onde vem isso. De minha parte, apresento o prefácio a O Capital

"Critiquei a dialética hegeliana, NO QUE ELA TEM DE MISTIFICAÇAO (portanto se apropriou de parte dela certo?), há quase 30 anos, quando estava em plena moda. Ao tempo em que elaborava o primeiro volume de O Capital, era costume dos epígonos impertinentes, arrogantes e medíocres que pontificavam nos meios cultos alemaes, comprazerem-se em tratar Hegel tal e qual o bravo Moses Mendlssohn (...) como um 'cao morto'. CONFESSEI-ME, entao, ABERTAMENTE DISCÍPULO DAQUELE GRANDE PENSADOR, e, no capitulo sobre a teoria do valor, joguei, várias vezes, com seus modos de expressao peculiares. A MISTIFICAÇAO por que passa a dialética nas maos de HEGEL nao o impediu de ser o primeiro a apresentar suas formas gerais de desenvolvimento, de maneira ampla e consciente. EM HEGEL, A DIALÉTICA ESTÁ DE CABEÇA PARA BAIXO. É NECESSÁRIO PO-LA DE CABEÇA PARA CIMA, A FIM DE DESCOBRIR A SUBSTANCIA RACIONAL DENTRO DO INVÓLUCRO MÍSTICO" Marx, Prefácio da 2 Ediçao d'O Capital

Marx teria que “desinverter” – todo o processo – e não apenas a conclusão final.
E mais, Marx não usou a dialética para com ela provar que Hegel estava “invertido” !
Marx simplesmente deu a sua – opinião – sem base científica alguma, foi simples “achômetro”.
Não existe nos “manuscritos de Paris” nenhuma analise dialética direta de nada... todo o texto é um desenrolar – da opinião – de Marx, e não uma dedução técnica dialética.
Leandro ... - 30/08/2010
Continuando os disparates, desenverter Hegel, é, grossíssimo modo, colocar as determinaçoes materialistas, mas manter a logica dialética PRÓPRIA de Hegel. E é assim que aparece n'O Capital, nos Grundrisse, n'A Ideologia Alema, na Crítica da critica critica, na Miséria da Filosofia e etc... Neste ultimo, Marx faz inclusive a crítica ao Prodhon sobre sua nao compreensao da dialética hegeliana. O que seria "provar cientificamente que o idealismo está errado?" isso já foi feito em algum lugar na história? Ou melhor, já foi provado e refutado e provado novamente inúmeras vezes na história? Os próprio durkheimianos reconhecem as influencias das instituiçoes sobre determinadas consciencias individuais... isso é uma polemica própria do idealismo X materialismo, o autor nao consegue compreender a dialética hegeleiana, a confunde com a marxista, afirma que Marx tirou tudo do nada e depois diz que tirou de hegel, na afirmaçao da dialética Kanteana, usa a alógica formal para criticar a dialética de marx (desconhecida pelo autor) e depois fala Marx não usou a dialética para com ela provar que Hegel estava “invertido”. Para que isso faça algum sentido para os que simplesmente querem alimentar o ódio ao monstro Marx segue-se:

Na verdade, como sempre, Marx age de má fé.

A filosofia de Hegel não está invertida, ela é exatamente da forma que Hegel a fez depois de décadas de estudo.
Existe fundamentação na conclusão de Hegel !
Da “ideia” surge a “natureza”, e nela progride o “espirito” (a história).

Confirmando o desconhecimento da dialética hegeliana, afirma que ela nao está invertida para Hegel. Lógico que nao! Porque alguem em sa consciencia formularia algo invertido? Isso é próprio da moral como pressuposto da avaliaçao da teoria, o mundo deve ser dividido entre bons e maus...
Leandro ... - 30/08/2010
A afirmaçao da idéia que cria a natureza entra em confronto com Hegel parte do “Nada” e do “Ser” e vai caminhando dialeticamente até chegar ao Espírito.. E ai? Quem é o ser e o nada? A natureza é o nada? Ou o ser? E o Espirito Absoluto? É o ser ou o nada?

Hegel está se arriscando a dizer que a história é Deus em formação! Na verdade, se Hegel parte do Ser, e este ser é o Espirito Absoluto, a história é o desenvolvimento da alienaçao inicial deste ser e sua consciencia. Nao o simples desenvolvimento do Ser, mas o desenvolvimento do Ser no processo de se reencontrar com a sua parte alienada.

Depois de tantos equívocos, calúnias mesquinhas e incompreensoes teremos:

Eu acredito que aconteceu o seguinte com Marx em relação a filosofia de Hegel:
- Marx não entendeu a profundidade da conclusão de Hegel !
Marx não entendeu que Hegel estava querendo chegar a uma “definição” de Deus (Espirito) !
E chegou – o Idealismo.

Bom, nao quero entrar na discussao sobre Deus, mas depois de tudo que foi escrito, falar que o erro de Marx foi a incompreensao de Hegel, de alguem que nao compreendeu nenhum dos dois é interessante! Melhor ainda é o que vem...

Deus é o desenrolar da história, e nela que Deus vai se formando para Hegel.
Se isso é algo valido e real, ou é apenas mais uma ilusão, é uma outra história, mas, a conclusão é fundamentada.

Fundamentada no que, cara pálida? Cade os fundamentos? Os fundamentos dialéticos-técnicos-científicos?

Ao passo que a conclusão de Marx não é fundamentada e é sem sentido lógico, uma vez que supor que uma “ação material” é que da origem a uma “ideia social” é o mesmo que dizer que um pedreiro primeiro faz a casa para depois que a casa esteja pronta o engenheiro faça o projeto da casa.
Leandro ... - 30/08/2010
Onde está isso cara-palida? Mais uma vez, abstraindo a dialética para critica-la com a lógica formal, hein! Dizer que é a vida social que determina (dialeticamente) a consciencia social significa que os indios nao vao usar de calculo complexo para projetar suas cabanas. Que Einstein necessariamente só poderia desenvolver a relatividade e essa ideaçao ser generalizável como explicaçao do mundo real depois da queda do regime feudal. Que o Capital Financeiro só pode exisir em determinadas formaçoes sociais, nao pode por exemplo existir no Egito Antigo. Para termos o fenomeno social do consumismo, é necessário uma produçao gigantesca de mercadorias. Que nao existe consumo sem produçao nem produção sem consumo.... Voce tras uma exemplo ilógico, o atribui a Marx, e depois critica Marx, pegue um exemplo dele, mas considere a dialética, fica a dica! Mas nao precisa certo? Dessa manobra vem

E para comprovar a trapaça marxista, no final de sua vida, Marx disse em resposta a pergunta de como seria a sociedade comunista (?), "que isso seria uma tarefa para a ciência resolver" !
Mas, como seria isso possível se a ciência faz parte da estrutura social ?


Precisamente, se o desenvolvimento das idéias está relacionado com a vida social, a teoria social COMPLETA de uma nova sociabilidade só poderá ser formulada "COMPLETAMENTE" nessa nova sociabilidade. E é exatamente por isso que Marx escreve O Capital, nao O Socialismo. Inclusive, as poucas linhas que marx dedica ao desenvolvimento do socialismo, dentro do que seria possível prever, sao desenvolvimentos da realidade capitalista. Marx, como materialista, nao idealiza uma nova sociedade. Acho que seu problema nao é nem com Marx, é com Feurbach e com Hegel.
Leandro ... - 30/08/2010
Todos os que reconhecem que há alguma lógica nas idéias de Marx sao marxistas? Ah se fosse verdade! Como mais uma expressao do desconhecimento vemos:

A Dialética marxista prega:

"Homem é produto do ambiente!" Lógica Formal, quem afirmou esta frase? Ou foi voce que inventou pressupondo todo o "conhecimento" expresso nesse texto?

"Todo homem nasce sem qualquer aptidão, ele pode desenvolver a aptidão que quer!" De onde vem essa frase? Me parece uma referencia a um pensador Iluminista, pré-marxista e pré-Feurbach. Locke

"Todo homem nasce bom e a sociedade o corrompe !" (Rosseau) Opa! Russeau agora é MArxista!!! E Materialista!!! Mesmo tendo nascido bem antes de Marx!!!!

"Homem precisa vinte e três anos para formar caráter, e até lá ele não é imputável!" Curiosa essa, de qual livro vem essa citaçao materialista-dialética? (Logica Formal)

Como oposiçao, e como prórpio da logica formal, o oposto formal das citaçoes acima teremos:

A Metafísica prega:"Todo homem nasce com suas virtudes, vícios e aptidões!" – DNA. Hummm, e tudo sendo determinado pelo DNA é provado cintificamente por... Incrível como genios da física só começaram a nascer a partir do Sec XIX... devem ser mutantes...

"Todo homem tem desejo de realizar suas aptidões!"
"O talento não se cria se revela!" O que diabos aconteceu com o filho de Einstein que nao se revelou como genio da fisica! O que será que impede que as genialidades do DNA se revelem?

"A víbora já nasce com veneno!" Realmente, Marx fala que as víboras tem sociabilidade, a sociedade das víboras se desenvolveu historicamente...
 
 
Leandro ... - 30/08/2010
"A Índole de um homem é inata, mas, ele pode até moldá-la" Pronto, se fizermos o cruzamento de pessoas boas com pessoas boas pessoas boas nasceram e todos serao bons. Fico pensando, o que é ser bom? Tenho certeza de que se perguntarmos ao Aristóteles, chegaremos a conclusao de que ele é um homem de seu tempo histórico determinado e que defenderá a escrevidao das pessoas que nao sao homens e tudo mais... talvez o DNA dele era pouco desenvolvido, o do Kant era mais e por isso Kant o superou...


Nas últimas décadas a Dialética sofreu serio revés.
A ciência tomou parte da Metafísica.
Mesmo assim muitos marxistas continuam bravamente a defender a Dialética.

É isso mesmo, a metafísica pode ter aumentado sua adoçao, assim como foi com Keynes, com Marx, com vários pensadores que sao ignorados, estudados, ignorados de novo, refutados, e voltam a assombrar depois novamente. Assim como existiu liberalismo e neoliberalismo...

Depois de tudo isso, o resto nem precisa ser comentado. Nao queria ofender ninguém... nao faz muito sentido ficar discutindo sobre Marx numa comunidade que deveria se Chamar "Eu Odeio Marx a priori".... mas de qualquer forma, fica a contribuiçao. Ele deve sim ser questionado, mas pra fazer isso, como ele mesmo fez, tem que ler e compreende-lo em sua totalidade. Ficar pegando pedacinhos pra criticar, ou tomando como referencia seus textos mais simples, nao acho que leva a muito longe. Quer criticar a teoria do valor trabalho, critique-a na logica d'O Capital... quer criticar o materialismo histórico dialético, critique-o n'A Ideologia Alema e n'O Capital... pode-se criticar a totalidade das obras de Newton por equivocos possiveis em seus trabalhos menos desenvolvidos?

Abraços
alessandro moreira - 30/08/2010
Leandro
Seu texto recheado de ironias, piadinhas, acusações à comunidade e interrogações SEM RESPOSTAS impediu, pelo menos para mim, qualquer entendimento do mesmo.


Você aparenta conhecer Marx, seria muito mais proveitoso para a comunidade, já que vc afirma ter vindo para deixar contribuições, se você pudesse argumentar de forma clara e objetiva (ou seja: direta no ponto, sem ironias, piadas e perguntas retóricas sem fim etc.).

Para mim, a sua tentativa de refutação ao conteúdo do tópico foi nula, uma vez que não pude compreender nada, em razão dos métodos utilizados.
Espero que os outros membros tenham entendido e possam, talvez, explicar ou contra-argumentar isto que você colocou, caso haja algum sentido no mesmo, é claro.
a a - 31/08/2010
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Leandro


"Portanto, a afirmaçao de Arnaldo nao está equivocada completamente. Ele só tentou explicar a dialética marxista, começando da dialética kanteana, e na hora H, foi pela lógica formal. "



Não.
Não uso dialética, uso sempre a lógica formal.

Estou descrevendo a dialética desde Socrates.
Estou mostrando q a dialética grega era a técnica do debate entre duas ou mais pessoas.

Tb estou mostrando q a dialética de Hegel (que Marx usou), é outra coisa, não é técnica de debate, é uma conclusão (síntese) a partir de pressupostos contrários (tese e antítese) feitas por uma pessoa apenas, o dialético.


O que o tópico mostra é que ambas são processos SUBJETIVOS.
E por isso não são ciência.
Tanto a opinião vencedora de um debate como uma síntese hegeliana/marxista, são PRESSUPOSTOS.


Tanto Hegel como Marx usaram a mesma dialética... e ambos chegaram a sínteses diferentes sobre a realidade histórica !

Quem está certo, o dialético Marx ou o dialético Hegel ?
A realidade histórica é descrita pelo idealismo de Hegel ou pelo materialismo de Marx ?



Qto ao resto, é muito marxismo... se vc conseguir fazer uma "síntese" da tua opinião a gente pode dizer mais alguma coisa.


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a a - 30/05/2011
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A dialética não é ciência.
Porque é subjetiva, a "síntese" depende do que o dialético "acha" que é.

Como já mencionei acima, tanto Hegel como Marx usaram A MESMA DIALÉTICA para interpretar a história, e o que aconteceu ?

Hegel chegou a uma conclusão idealista.
Marx chegou a uma conclusão materialistas.
Conclusões opostas para uma mesma tese !
Isso jamais será ciência.

Podemos comparar a dialética com a álgebra.
A álgebra é ciência, pq na equação abaixo:

a^2 + b^2 = x

Para a = 1 e b = 2;
x será SEMPRE = 5
Isto é ciência, algo concreto e testável.

A dialética não tem isso, a dialética se presta maravilhosamente bem para tipos como Marx, que criam miragens e as chamam de "ciência" para enganar aos tolos.

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Arnaldo Arnolde - 02/05/2012
BLOG
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O texto deste tópico, com modificações,
está em:

Dialética marxista - a "lógica" da subjetividade


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Tiago Moraes de Cerqueira - 02/05/2012
O Leandro rodou, rodou e foi extremamente prolixo em distinguir Marx de Hegel, mas o fundamento principal do tópico, ele passou longe, que é defender o método dialético...onde está a defesa da dialética frente a lógica formal? Geralmente, quem defende a dialética sempre vem com essa retórica; "não se compreende o método dialético usando a lógica formal", ou seja, recomendasse ao contra-argumentador, mergulhar em um mundo onde o método que ele critica nunca pode ser refutado...
Tiago Moraes de Cerqueira - 02/05/2012
O método de abstração dialética é inclusivo pois incorre na falha lógica do raciocínio circular:
O que aconteceria se Marx, assim como tratou o trabalho, fizesse o mesmo com a utilidade, ou seja, fizesse uma decomposição do conceito em "valor de uso concreto" e "valor de uso abstrato"??

Trabalho concreto -> a forma particular com que a produção materializa as mercadorias.
Trabalho abstrato -> o "trabalho em si" ou simplesmente o tempo dispendido em trabalho.

Em valor de uso seria:

Utilidade concreta -> A serventia particular que cada mercadoria teria para a comunidade.
Utilidade abstrata -> O fato simples da mercadoria ter utilidade, deixando de ser apenas uma "coisa".

Continua...

Tiago Moraes de Cerqueira - 02/05/2012
Então teríamos o seguinte: "A troca é uma relação de equivalência, então para tal existe a necessidade das mercadorias serem mensuradas através de uma terceira grandeza comum, além do valor de uso e do valor de troca. Essa grandeza seria algo comum a todas as mercadorias, para descobri-la precisaremos eliminar todas as características particulares das mercadorias. Eliminemos o valor de uso próprio a cada mercadoria, eliminemos o trabalho concreto que envolve a forma como cada mercadoria é trabalhada para existir, então sobrará apenas o simples tempo dispendido para cria-las, o trabalho abstrato.

Invertendo: 

"A troca é uma relação de equivalência, então para tal existe a necessidade das mercadorias serem mensuradas através de uma terceira grandeza comum, além do trabalho e do valor de troca. Essa grandeza seria algo comum a todas as mercadorias, para descobri-la precisaremos eliminar todas as características particulares das mercadorias. Eliminemos o trabalho próprio a materialização de cada mercadoria, eliminemos o valor de uso concreto que envolve a serventia particular de cada mercadoria, então sobrará apenas o simples fato das mercadorias terem um uso, o valor de uso abstrato.

Conclusão; Aplicando o raciocínio de Marx, é possível obter o mesmo resultado lógico apenas com a inversão dos conceitos, como em lógica duas sentenças opostas não podem estar simultaneamente corretas, temos aqui o problema da circularidade, onde não é possível se apontar o que seria causa e o que seria o efeito. A afirmação de Bohm-Bawerk então ganha sentido, o valor comum para Marx é o trabalho abstrato tão somente porque ele quis que assim fosse, em suma, foi uma decisão pessoal dele.
 
 Arnaldo Arnolde - 03/05/2012
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Tiago

O Leandro não entendeu qual é a intenção do tópico.
Ele pegou texto a texto e tentou refutar, só que ele usa a típica argumentação de marxistas falsa e sem objetividade, a maioria das colocações dele não tem sentido e para a gente fazer uma resposta a ele é praticamente impossível.
àra dar um exemplo:

Ele começa a argumentação da seguinte forma:
"Uma é idealista e a outra é materialista. 
O que é o materialismo nào é explicado, e suas diferenças com o idealismo muito menos. Simplesmente se abstraem as gigantescas contradiçòes e chega-se a afirmação: "O processo é semelhante em ambos"

Isso é coisa de marxista pirado....
Que a filosofia de Hegel é idealista e a de Marx materialista é publico e notório.
E naõ existe a menor necessidade de explicar o que é materialismo.
Isso não tem nada a ver com o assunto.
O ponto importante é que Hegel é idealista e Marx materialista - uma verdade absoluta.
Mas, o cara, para tumultuar a conversa e sair do tema, quer que se explique o materialismo...
O único q se pode fazer é dizer a ele - cara, vc é maluco, e não se pode perder tempo com a tua loucura.

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Arnaldo Arnolde - 03/05/2012
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Tiago

Quanto ao tema que você colocou para demonstrar a imprecisão da analise marxista que é uma das maiores falcatruas da história, concordo plenamente e acho suas ponderações corretas e úteis para demonstrar a falsidade do marxismo.


Vou comentar uma coisa apenas, mas que não altera em nada a sua analise.

Marx em sua ignorância de economia, e mais ainda em sua ignorância de como a vida econômica se processa na prática, supôs que para que exista uma troca é necessário que exista uma igualdade.
Porém o que ocorre na prática econômica é exatamente o oposto!
As trocas só acontecem se as partes acham que vão levar vantagem na troca.

Marx disse que dinheiro tb é mercadoria, pois bem, alguém trocaria uma nota de 50 reais por outra nota de 50 reais?
Não é claro.
Não trocam pq as mercadorias tem o mesmo valor e ninguém levaria vantagem.
Mas, se alguém precisar urgentemente de uma nota de 50 reais, mas tem apenas duas notas de 20 e uma de 10, e mais uma moeda de 50 centavos, e propor trocar isso tudo por uma nota de 50 reais, vão existir vários que vão querer trocar, pq vão ter 50 centavos de lucro sem fazer nada.
Um índio lá no meio da floresta amazônica só vai trocar a lança dele por um arco e flecha de outro índio se achar que vai levar vantagem, se ele achar que não vai ter vantagem (valores iguais), ele não vai trocar.
Então, mercadorias só são trocadas qdo os valores forem diferentes para as pessoas envolvidas na troca.
Esse fato foi descoberto pelos economistas da Escola de Viena, é a Teoria do Valor Marginal.
Com isso a teoria de Marx está furada na sua base.
Não tem valor algum.

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Tiago Moraes de Cerqueira - 07/05/2012
Arnaldo.

Você está se referindo a praxeologia, o estudo da ação humana que fora fundamentado por Ludwig von Mises. O fundamento da ação humana, é que indivíduos agem visando obter uma situação favorável, em detrimento da situação anterior a execução da ação. Se encaixarmos este princípio no fenômeno da troca, que nada mais é que uma ação humana aplicada em larga escala, chegamos àquilo que você apontou, a troca é um fenômeno de busca por um excedente mútuo e não por uma igualdade, do contrário, não haveria sentido na troca, pois a situação de uma permuta, seria a mesma de uma situação de não-permuta. Quando o resultado de uma ação é igual ao da não-ação, ou seja, o resultado da ação é zero, o indivíduo irá preferir a inércia.
Arnaldo Arnolde - 07/05/2012
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Tiago, a Praxeologia da forma que Mises a expôs com certeza entra nessa minha explanação, mas não só ela, o Liberalismo também explicado por Mises, e antes dele por Smith também entram, e também entram os conceitos de utilidade marginal da Escola de Viena como um todo, a partir de todos estes conceitos eu formei a minha concepção.

Mas, o que mais me fez ter essa interpretação foi a ignorância da vida real existente em Karl Marx.

Karl Marx em O Capital começa sua "esplendorosa" explicação econômica falando de trocas, e para ele as trocas só acontecem se   M1 = m2.

Mais a frente Karl Marx da mais uma vez mostras da sua ignorância e diz que tanto o dinheiro como o trabalhador também são mercadorias.

Pensando a respeito eu vi que isso é uma idiotice, e tem como provar que é, da forma que eu relatei.

Se só existem trocas para valores iguais das mercadorias e dinheiro é mercadoria, então, a troca por duas pessoas de duas notas 50 reais por uma nota de 100 reais, por si só, seria perfeitamente conveniente para elas!

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Arnaldo Arnolde - 07/05/2012

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Smith e Ricardo tiveram dificuldade para lidar com o conceito de utilidade na formação dos valores das mercadorias. 
Com eles surgiu o "Paradoxo do pão e do brilhante" - por que o pão que é tão útil, é tão barato e o brilhante, de utilidade relativa, é tão caro ? 
Eles não acharam resposta para essa pergunta.

Karl Marx, mesmo sabendo da existência desse paradoxo, e de muitos outros semelhantes, que invalidavam a teoria do valor de Smith e Ricardo, o ignorou e considerou a teoria do valor de Smith e Ricardo como válida, e a usou para fazer a mais-valia.

A Escola de Viena refutou a teoria do valor antiga e explicou, com a Teoria da Utilidade Marginal, o por que do paradoxo do pão e do brilhante.

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