quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Os sindicatos trabalhistas e o marxismo

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a a - 16/05/2009
Os sindicatos trabalhistas e o marxismo
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Os marxistas atuais em uma tentativa de ver algo de bom no marxismo falam que o marxismo contribuiu para o desenvolvimento dos sindicatos e da melhoria dos salários.

Isso não é verdade.

Marx atuou na Internacional Socialista e não nos sindicatos trabalhistas.
Os sindicatos sempre tiveram ligados aos Partidos Trabalhistas (Labor Party inglês) e ao meio empresarial diretamente que financiou muitos deles.
Marx era contra a atuação dos sindicatos, Marx era contra a negociação pacífica, contra a negociação salarial, ele queria a luta de classes, a revolução e a ruptura completa do sistema de salários.
Marx, ao em vez de um sindicato, fundou a Internacional Socialista, era nela que ele atuava e não nos sindicatos.
A IS era uma instituição subversiva que tinha como única finalidade destruir a sociedade da época através da revolução do proletariado, a IS jamais teve a intenção de estabelecer negociação por melhores salários.

Quando Marx se referia a "trabalhadores", ele não estava se referindo aos trabalhadores sindicalizados, estava se referindo aos trabalhadores que eram filiados da Internacional Socialista.

Em Junho de 1865 os marxistas conseguiram organizar a primeira reunião da Internacional Socialista, e Marx preparou um extenso discurso para dizer aos trabalhadores como eles deveriam proceder...
Vamos apresentar a parte final desse discurso para tomarmos conhecimento de como Marx interpretava a luta sindical e de que forma Marx queria que os trabalhadores procedessem.
Só lembrando que tal discurso, não foi em um sindicato, foi na IS.

cont...

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a a - 16/05/2009
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Discurso de Marx na I Internacional em Junho de 1865.

Este discurso ficou inédito até depois da morte de Engels, foi lançado como "livro" depois da morte dele com o título de "Valor, Preço e Lucro".

Vejamos a parte final:

"....
Estas dicas servem para mostrar que o desenvolvimento da moderna indústria deve progressivamente transformar-se em favor do capitalista e contra o trabalhador, e a tendência geral da produção capitalista não é para aumentar salários, mas sim de diminuir o padrão médio de salários, ou a empurrar o valor do salário para próximo do limite mínimo.
Essa é a tendência das coisas neste sistema, isto nos diz que a classe trabalhadora deveria renunciar à sua resistência contra as invasões de capital, e abandonar as suas tentativas de fazer o melhor dos esforços para uma ocasional melhora temporária ?
Se os trabalhadores fizerem isso, iriam ser degradados a um nível de massa falida miserável sem salvação.
Creio ter mostrado que as suas lutas para melhorar salários são inseparáveis dos acontecimentos de todo o sistema salarial, que em 99 casos em 100 os seus esforços em elevar os salários são apenas os esforços em manter o valor do salário, e que a necessidade de debater os seus preços com o capitalista é inerente à sua condição de ter de vender a si próprios como mercadorias.
Por esse meio covarde vocês estão cedendo diante de seus conflitos contra o capital, com isso vocês certamente irão se desqualificar a si próprios para o início de um movimento maior.
Ao mesmo tempo, e independentemente da forma geral servidão que vocês estão envolvidos no sistema de salários, a classe trabalhadora não deveria exagerar para si o último trabalho destas lutas cotidianas.
Vocês não deveriam esquecer que estão brigando contra efeitos, e não contra as causas desses efeitos; que isto vai retardar a diminuição dos salários, mas não vai mudar a sua intenção, que estão aplicando paliativos, não cura a doença.

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a a - 16/05/2009
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Os trabalhadores deveriam, portanto, a não ser absorvido exclusivamente nestas inevitáveis lutas guerrilheiras incessantemente pulando para cima a partir de invasões nunca deixam de capital ou mudanças de mercado.
Eles deveriam saber que, com todas as misérias que lhes impõe, o atual sistema gera simultaneamente as condições materiais e as formas sociais necessárias para uma reconstrução econômica da sociedade.
Em vez do conservador lema, "Um dia de salário justo para um dia de trabalho justo!" têm que inscrever na sua bandeira o lema revolucionário, "Abolição do sistema de salários! "


Está ai a prova incontestável que Marx jamais apoiou a negociação pacífica dos sindicatos trabalhista, nem mesmo jamais falou para eles, ele apenas queria a implantação do seu sistema - o socialismo científico.

Depois disso, Marx conclui:

"Após este longo e muito, receio, tediosa exposição, que eu era obrigado a entrar em fazer alguma justiça ao assunto, irei concluir, propondo as seguintes resoluções:
Em primeiro lugar.
Um aumento na taxa geral de salários resultaria numa diminuição da taxa geral de lucro, mas, em termos gerais, não afetam os preços das mercadorias."

Conclusão errada de Marx
Se os aumentos de salários viessem acompanhados de aumentos de produtividade, que foi o que aconteceu, não existiria diminuição da taxa de lucros.

"Em segundo lugar.
A tendência geral da produção capitalista não é para aumentar, mas a diminuir o padrão médio dos salários."

Conclusão errada de Marx
O capitalismo inglês, a quem ele estava se referindo, aumentou em alto grau o nível dos salários do trabalhador inglês.

cont...

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a a - 16/05/2009
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"Em terceiro lugar.
Os sindicatos trabalham bem como centros de resistência contra as invasões de capital.
Eles falham parcialmente a partir de um uso pouco cuidadoso do seu poder.
A falha geral de limitarem-se a uma guerrilha contra os efeitos do sistema existente, em vez de tentar mudá-la simultaneamente, em vez de usar suas forças organizadas como alavanca para a emancipação definitiva da classe trabalhadora ou seja, a abolição o sistema de salários."

Conclusão errada de Marx.
Os trabalhadores que aboliram a existência de salário, como na URSS e outros países que se tornaram marxistas, se tornaram trabalhadores que foram ficando cada vez mais pobres, sem roupas boas, sem comida aceitável, seus países faliram na miséria.
Ao contrário dos trabalhadores da Inglaterra, que não aboliram o salário e se tornaram um dos povos mais desenvolvidos do planeta.

Os sindicatos trabalhistas, os legítimos representantes dos trabalhadores, nada tem em comum com o marxismo, o marxismo não admite a existência de salários e a “solução” para o marxismo é a luta entre humanos, é a “luta de classes” e a “revolução do proletariado” que visam acabar com os salários de forma violenta e despótica.
O marxismo jamais quis uma negociação civilizada entre trabalhadores e empresários.

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Bruno Melo. - 16/05/2009
Arnaldo
Namoral,vou rezar pra vc escrever um livro refutando o marxismo!

Sinceramente,boa argumentação a sua,mas existem outras comunidades que vc pode refutar os comunas (refutar e discutir).Seria uma boa te ver lá :D
Harry Loid - 20/08/2009
Arnaldo
Ha editoras q publicam teses academicas. Soh precisa achar uma q naum seja tendenciosa.
a a - 20/08/2009
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Harry



"Ha editoras q publicam teses academicas. Soh precisa achar uma q naum seja tendenciosa."



Harry, eu nunca estive muito animado em que o livro seria editado...

Acho que colocar o texto na Internet, nesta comunidade, e abrir tópicos no orkut com o tema, que atingem milhares de postes (infelizmente a maioria foi apagada ou pelos donos ou pela exclusão de meus perfis), já é algo útil !

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alessandro moreira - 20/08/2009
Seguidores...
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O marxismo têm muitos seguidores, no Brasil, porque é uma ideologia. Os marxistas são tais como formigas. Nascem todos iguais na natureza e passarão (há raras exceções) fazendo as mesmas coisas por toda a vida, pois não tem mente livre, não dominam suas vidas. São simples clones genéticos uns dos outros, e obedecem, tal qual as formigas, a um mestre: Marx.

Essa comunidade não propõe uma nova ideologia. É uma comunidade pra humanos de mentalidade livre e realista. E essa característica ainda é rara entre a maioria das pessoas.
Então ninguém aqui espera mudar o mundo!

Os Estados Unidos da América, através da ação de humanos lúcidos e sensatos, combateu praticamente sozinho e saiu vitorioso contra o socialismo marxista no século passado, que planejava dominar todo o mundo e implantar o comunismo através da violência e tomada sangrenta do poder.


Então, tal como os EUA do século XX, essa comunidade é composta por poucas pessoas, mas talvez o suficiente pra desmascarar o marxismo cultural do presente.
a a - 20/08/2009
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Alessandro

"Essa comunidade não propõe uma nova ideologia.
É uma comunidade pra humanos de mentalidade livre e realista.
E essa característica ainda é rara entre a maioria das pessoas.
Então ninguém aqui espera mudar o mundo!"

"Então, tal como os EUA do século XX, essa comunidade é composta por poucas pessoas, mas talvez o suficiente pra desmascarar o marxismo cultural do presente."




É isso ai Alessandro !

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Peter Brothers Away - 21/08/2009
Arnaldo
Só existe sindicatos lvires em países capitalistas.

Em todas a experiencias socialistas, os sindicatos foram transformados pela "vanguarda revolucionaria" em meros apendices do Estado.
 
  a a - 21/08/2009
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Peter



"Só existe sindicatos livres em países capitalistas.
Em todas a experiencias socialistas, os sindicatos foram transformados pela "vanguarda revolucionaria" em meros apendices do Estado."




Sim, vc tem razão.

Como eu escrevi no texto inicial:

"Marx era contra a atuação dos sindicatos, Marx era contra a negociação pacífica, contra a negociação salarial, ele queria a luta de classes, a revolução e a ruptura completa do sistema de salários."


Ou seja, não existe motivo para a existência de sindicatos no socialismo, uma vez que não vão existir patrões e empregados ganhando salário !

Pelo menos neste ponto Marx sempre foi coerente, ele jamais concordou com os sindicatos, para Marx os sindicatos eram uma inutilidade, isso está mostrado em seu discurso colocado no texto inicial do tópico.

Quem não são coerentes, e mentem, trapaceiam, são marxistas atuais que querem atribuir ao socialismo as conquistas dos sindicatos !

Este tópico tem a finalidade de mostrar essa incoerência trapaceira do marxismo atual.

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a a - 21/08/2009
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Nivaldo


"Típico de marxista que não sabe nada da vida e acha que o PSDB é partido de direita."




Exatamente.
Esse aloprado não deve nem saber que Serra era o presidente da UNE dominada por comunistas em 1964.

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a a - 31/01/2010
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Nivaldo


Sem dúvida o PT, e o Lula, "modernizou" o voto de cabresto !
Coisa que o PSDB, e FHC, já tinha tentado fazer, alias foi ele q iniciou esse assistencialismo de bolsas.

O que deveria ser feito, o que resolveria o problema, a geração de milhões de empregos, e a melhoria do ensino básico e técnico, esses dois esquerdistas não fizeram e nem pretenderam fazer.

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Eduardo S. - 21/02/2013
Tem um esquerdista lunático dizendo exatamente ao relacionado a este tópico, ele diz:

"como se dá o movimento
de lutados trabalhadores por direitos, mesmo que ainda no interior do Estado
burguês. Afinal, todos os direitos trabalhistas e muitos dos direitos sociais
que ainda temos hoje não surgiram do abstrato,foram pautas demovimentos de
esquerda ao longo da história...

...a todos os que são "anti-esquerda" aqui, eu sugiro abrir mão dos seus
direitos trabalhistas - eles e são até hoje pautas dos movimentos que vocês
acusam como retrógrados... Ainda existem e podem ser retirados ou seguir adiante,
a depender da luta de classes. Saibam que os capitalistas que vocês defendem
são contra nossas pautas trabalhistas. Para quem não assistiu o filminho que
postei, se for assalariado, saiba que as 8 horas máximas diárias (num contexto
em que se trabalhava mais de 12h por dia) garantidas em lei hoje, foram pautas
de comunistas..."
Para rebater o esquerdopata, quero esclarecer o seguinte:
Na Inglaterra do século XIX, havia o Cartismo e Ludismo, que precederam os movimentos de esquerda, e claro, posteriormente, os trabalhadores se somaram aos socialistas na luta por direitos.  É correto afirmar que os movimentos reivindicatórios dos trabalhadores precedem o socialismo/comunismo?

No Brasil, embora já houvesse manifestações de esquerdistas por direitos trabalhistas, a CTL foi aprovada sem a influência direta delas. O fator “condicionante” das reformas de Vargas (incluindo aí a CTL) foi a Revolução Constitucionalista de 1932. Correto?

Que puder ajudar, fico muito grato.
14:28
Arnaldo Arnolde - 21/02/2013

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Este tópico foi feito justamente para refutar essa alegação de marxistas ignorantes do próprio marxismo.
A resposta a sua pergunta está no texto.

Em resumo.

A industria, divisão do trabalho, o pagamento de salário ao trabalhador (e não a escravidão como existiu por milênios até o século XIX) surgiu na Inglaterra a partir de 1800.
Foi lá também que surgiram os sindicados trabalhistas, implantados pello governo inglês) que negociavam com os empresários os acordos salariais.
Até a pouco existia escravidão, estavam saindo do Mercantilismo absolutista e entrando no Liberalismo democrático, a liberdade democrática estava começando a existir na Inglaterra, no Brasil ainda existia escravidão.

Marx jamais defendeu a existência dos sindicatos e as negociações salariais trabalhistas.
Uma das provas disso está no texto de Marx deste tópico.

A instituição que Marx fundou e militou por toda a vida foi a Internacional Socialista e não os sindicatos.
Na Internacional Marx sempre defendeu a abolição da propriedade privada, a extinção do sistema de salários e a implantação da ditadura do proletariado, onde tudo estaria nas mãos do estado socialista, portanto, não existiria nenhum sindicato trabalhista e muito menos negociação trabalhista.
O marxismo jamais defendeu os trabalhadores assalariados, queria o seu fim.

Portanto, o que o marxista diz, que é lugar comum ignorante de marxistas, de alienados que nem mesmo sabem marxismo, não tem fundamento, é uma tolice.

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